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Beleza

A origem do perfume não apresenta uma referência única, e parece ser tão antiga quanto o homem, que já na sua pré-história queimava madeira e resinas para melhorar o gosto de seus alimentos. Sua múltipla utilização quase sempre acompanhou o desenvolvimento das civilizações, já que seu nome tem significado de sua origem inicial, ou seja, "per fumum", que significa "proveniente do fumo", que foi o insumo inicial das primeiras fragrâncias. Os gregos tinham por prática trazer novas fragrâncias de suas expedições e usavam perfumes que tivessem poderes medicinais. Os egípcios já faziam uso de fragrâncias quando honravam seus deuses "esfumaçando" os ambientes e produzindo óleos perfumados para rituais religiosos. A conscientização do prazer pelos aromas, que levou à busca de diversas fragrâncias de perfumes acompanha a história da humanidade, pois nas "Escrituras Sagradas" já era citado o uso de perfumes no objetivo de satisfazer as divindades. Essas essências aromáticas foram sempre direcionadas para perfumar a pele, roupas e ambiente, tornando-se de uso profano com os hábitos popularizados de Cleópatra. Já os gregos e os romanos admitiam que os perfumes eram instrumentos das deusas, usados para ofuscar as demais mulheres. Entre os indianos, o termo perfume é traduzido por Gandharva, que significa "seres celestes", razão pela qual é associado com a presença espiritual e a natureza da alma. O fato do perfume de uma pessoa permanecer no ambiente, mesmo depois de sua partida, dá a idéia de duração e de lembrança, simbolizando assim a memória, dissociando a presença física de uma ação sensitiva que traz a lembrança do portador da fragrância. Um dos métodos iniciais de uso do aroma foi o incenso, que os egípcios usavam para purificar salas de cirurgia, e até hoje é referência de limpeza e higiene. A partir da invenção do alambique pelos árabes, foi possível destilar matérias-primas, o que proporcionou um grande avanço para a evolução da perfumaria industrial. Ao longo dos séculos, continuamente buscou-se novas fragrâncias, tudo sempre ligado a sensualidade primitiva e hábitos religiosos. Durante o século XII, os cristãos usavam fragrâncias para higiene pessoal e para promover a prevenção de doenças. Segue-se no século XVI a moda de utilização de luvas perfumadas, muito usadas pelos nobres da corte européia. Esta ampliação da forma de uso das fragrâncias propiciou a profissionalização da atividade do perfumista. Progressivamente os hábitos profanos prevaleceram sobre os religiosos, apresentando os perfumes como instrumentos de sedução e de adorno restritos a elite, como são os perfumes na atualidade. Diversos na sua multiplicidade de composições, a sua produção em escala industrial culminou com a criação da grande perfumaria francesa, baseada em compostos elaborados de perfumes e extratos, além da sintetização de fragrâncias, cujo maior momento foi no final do século XIX, tendo atingido na atualidade um grau de desenvolvimento de alta tecnologia e grande magnitude, onde os anos pós-guerras e os anos 70 são grandes épocas no mundo dos perfumes.

Curiosidades
A criação de um perfume, da mesma forma que uma obra de arte, não é uma simples mistura química e sim, traduz a sensibilidade artística de quem muito conhece a natureza humana, resultando de imaginação criativa de seu compositor. Assim, um perfume é, em sua origem, criado por um artista que se preocupa em exprimir e transmitir aos outros uma idéia, sentimento ou emoção pessoal. A sensação de uma lembrança olfativa marcante, de uma emoção, de uma imagem, muitas vezes será traduzida pelo perfumista em uma complexa composição de fragrâncias, que comporá um perfume que poderá ser usado por gerações, como uma música ou uma tela de um pintor famoso. Como toda obra de arte, muitas tentativas, pesquisas, observações precederão o processo definitivo de criação de um perfume, exigindo muito mais que mera inspiração, exigindo anos de pesquisa e uso de técnicas especiais de preparo.

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Notas
As notas são percepções olfativas dos perfumes que traduzem os momentos de percepção, já que um perfume é conhecido para se desenvolver ao passar do tempo. Durante o processo de evaporação, seja na pele ou no próprio frasco, a fragrância sofre progressivamente uma série de mudanças sutis e harmoniosas. Para descrever esses momentos, é tradição em perfumaria falar em Notas Olfativas, que são classificadas em três tipos para identificação e explicação dessas mudanças de percepção.

Notas de Cabeça: são voláteis, contêm espérides, duram alguns segundos e são a primeira impressão da fragrância. Como por exemplo, bergamota, laranja, tangerina e também lavanda, estragão, louro e manjericão.

Notas de Coração: são liberadas em seguida e denotam a personalidade de quem usa, são produzidas por elementos denominados de modificadores, que é onde se encontram estas essências. Exemplos: essência de rosa, gerânio e neroli.

Notas de Fundo: é onde se encontram os fixadores, dão peso e nos indicam o tempo de duração na pele. Como exemplo temos essência de jasmim, sândalo, patchuli, vetiver, musgo de carvalho, civette, almíscar, âmbar e baunilha. São as últimas percepções olfativas de um perfume.

O seu uso
A escolha de um perfume traduz um sentimento para que o seu aroma transporte para o ambiente a essência de suas coisas boas como ser humano. Assim, ao selecionar um perfume, a pessoa normalmente escolhe a fragrância que expresse sua personalidade e seu estilo de vida. Para que isso se processe, se faz necessário sentir a fragrância e observar o que ela desperta em seu íntimo. Seu uso geralmente é feito com instilação atrás de orelhas, pulsos, raiz dos cabelos, entre os seios, atrás dos joelhos, pois são pontos onde a percepção se faz com maior facilidade, áreas que desprendem mais calor e conseqüente maior evaporação da fragrância, despertando maior sensualidade no sexo oposto.
O perfume deve ser bem cuidado para Ter sua vida útil prolongada, devendo ser submetido a condições apropriadas, como o armazenamento dos frascos em ambiente sem excesso de luz, de calor e umidade, devem estar bem fechados, colocados em lugar escuro e bem ventilado, o que manterá suas características originais e o protegerá da oxidação. As embalagens em spray já oferecem naturalmente mais proteção, pois evitam o contato com a pele dos dedos não contaminando o perfume por bactérias e, por conseqüência, não comprometendo a sua vida útil.
Como algumas fragrâncias têm seu efeito potencializado pela temperatura ambiente, recomenda-se usá-las conforme as estações do ano. Existem fragrâncias mais adequadas para uso no verão e outras para o inverno. Sendo assim, as essências mais leves, como as cítricas, são recomendadas para o verão e as mais fortes para o inverno, como as orientais.
O aroma exalado de um perfume varia de pessoa para pessoa, já que cada pessoa tem sua própria química baseada na carga genética, tipo de pele e cor de cabelo, e até mesmo no estilo de vida que leva e ambiente em que vive. O perfume deve ser observado em sua própria pele para ver como reage com a química do seu corpo. Deve ser observado o fato de que as peles oleosas retêm muito mais a fragrância, enquanto que os portadores de pele seca devem reaplicá-la com maior freqüência.
Admite-se que o perfume pode influenciar no comportamento das pessoas, não só das que usam como das que o cercam. Assim, podem causar simpatia ou negação por terceiros, como provocar equilíbrio espiritual e emocional em seu portador, razão pela qual o uso do perfume tem que considerar a sensibilidade dos interlocutores e ser adequado para o local freqüentado.

As fragrâncias utilizadas em perfumes são classificadas em sete grupos principais:

Cítricas
São óleos obtidos da casca de frutas como a bergamota, o limão e a laranja, sendo que neste grupo encontram-se as essências das primeiras Águas de Colônia.

Florais
Família de grande importância, pois agrupa perfumes cujo tema principal são as flores; subdividindo-se em bouquet floral, floral verde, floral aldeídico, floral amadeirado, floral frutal, entre outros.

Filifolhas
Compreendem uma composição de essências entre notas de lavanda, bergamota, gerânio etc.

Chipre
Este termo provém do perfume assim batizado por François Coty em 1917, constituindo um grupo de perfumes baseados principalmente nos acordes do patchuli, da bergamota e da rosa.

Amadeirados
São notas suaves como o sândalo e o patchuli, algumas vezes secas como o cedro e o vetiver, e na maioria das vezes, com notas cítricas e de lavanda conjuntamente.

Âmbar
Muitas vezes chamados de "orientais", fazem parte deste grupo os perfumes com notas suaves e abaunilhados.

Couro
Trata-se de uma fórmula muito particular, por ser um perfume diferente da maioria, apresentando notas secas que tentam reproduzir o odor característico do couro, da madeira queimada e do tabaco.

Matérias primas:
A perfumaria é, sem dúvida, a arte que utiliza o maior número de matérias-primas diferentes, originárias do mundo inteiro, raras, geralmente de difícil obtenção e, conseqüentemente, caras. Para sua atividade usual, um perfumista dispõe de, aproximadamente, 300 essências naturais e quase 200 sintéticas, fornecidas pela química moderna, sendo cada uma dessas essências com seu aroma individualizado, com seu próprio teor de evaporação e de reação. Desta forma, a maioria dos perfumes de qualidade contam com uma composição harmônica em um só frasco.

A composição usual de um perfume contém:
Água, que deve ser submetida a tratamentos especiais, que asseguram a ausência de partículas, íons (deve ser deionizada) e também de minerais (sódio, potássio etc).
Álcool, que deve ser o álcool etílico, de máxima pureza e transparência total e submetido a filtros que asseguram a ausência de qualquer partícula (corpo estranho). Constitui o suporte do perfume. Devido a sua neutralidade, é o veículo condutor da fragrância.
Essência ou Absoluto, que é a concentração mais pura da matéria-prima, ou seja, da flor, da madeira, das frutas etc.

As matérias naturais vegetais utilizadas na produção dos perfumes são as seguintes:

Vegetais. São utilizadas várias matérias-primas de origem vegetal, tais como:
- flores: todas as existentes na natureza, como por exemplo, a rosa, o jasmim, a gardênia, gerânio, violeta, ylang-ylang, tuberosa, lírio etc.
- ervas aromáticas: tomilho, alecrim, menta, basílico, coriandro etc.
- frutas cítricas: são utilizadas cascas de frutas cítricas como limão, laranja, bergamota, tangerina etc.
Madeiras, como cascas de árvores, raízes ou ramos, cedro, sândalo, canela, bétula (videiras, aveleiras).
Folhas, como patchuli, vetiver etc.
Resinas, como galbano, benjoim, opanax, mirra e incenso.

Resumindo:    

1880 - 1890
As formulações eram preparadas com uma única flor.
1889 - Começam as pesquisas para a preparação de sintéticos "mais naturais"

1900 - 1920
A virada do século e a eletricidade marcaram o início de uma nova era.
Madame Curie descobriu o urano, época em que os primeiros Zepelins atravessavam o céus...
É lançado o Chypre com aromas de patcholi e musgo que deram nome a várias famílias futuras, inspirando muitos clássicos nas décadas subseqüentes.
Como as mulheres desta época, os perfumes emanciparam-se. As mulheres começaram a trabalhar, apesar de estarem em funções subordinadas.
 
Anos 20
Época do Charleston e das novas notas olfativas para tentar acompanhar a evolução da moda. A década de 20 foi uma das mais criativas na área da perfumaria.
Nasceu Chanel nº 5, o primeiro perfume com materiais sintéticos. Aliás, ao que parece, um assistente do perfumista francês Ernest Beaux teria errado na composição da fórmula da fragrância encomendada pela figurinista Coco Chanel. Em vez de apenas 1% de aldeído undecilênico, a solução recebeu acidentalmente uma dose dez vezes maior. A fragrância resultante foi considerada extraordinária e deu início a um "boom" no uso dos aldeídicos na fabricação de perfumes. Outro mérito deste perfume foi reforçar a associação entre o uso do perfume e o jogo da sedução. A discussão ganhou fôlego na década de 50, quando a atriz Marilyn Monroe declarou que usava apenas uma gotinha de Chanel nº 5 para dormir.

Anos 30
Notas orientais (misturas com baunilha) são o máximo da época e dá-se o retorno de algumas fragrâncias clássicas.

Anos 40
Depois da Guerra, a esperança em tempos melhores fez com que surgissem as notas verdes, como que para despertar o aroma agradável e a paz dos campos. Lançam-se perfumes para mulheres sensuais.

Anos  50
Época do rock´n´roll e das fragrâncias mais comportadas.

Anos  60
Em plena era de Woodstock, as notas florais e aldeídicas são predominantes em quase todas as criações.

Anos  70
A grande descoberta da época foi a categoria dos orientais para as mulheres que gostavam de provocar.

Anos  80
Época do consumismo. Surgiram os florientales. Houve um incremento dos perfumes florais doces.

Anos 90
Características: fragrâncias leves e frescas. Temas mais importantes: água. Notas ozônicas: recordam a água, o mar ou o frescor perfumado de um pedaço de melão gelado.

Anos  2000
Principais características:
- Volta ao romantismo, florais / - Novos soliflorais / Novos aldeídicos / Novos Chypres / Novos orientais.

fonte: areliquia.com.br/artigos%20Anteriores/64MPerfum.htm
         delicato.com.br/operfume.asp  (coloque www. antes de digitar as URL).
http://editora.globo.com/marieclaire/testes/110/Perfu1.htm 

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