Retornar a Freud: para começar

        Um projeto para compreender o Ensino, a Obra de Lacan e seu lugar na Psicanálise, sugere de imediato algumas questões que alimentaram lendas, polêmicas e também verdades em torno do Homem e do Psicanalista.

          Lacan é finalmente um sucessor à altura de Freud? Um teórico frente ao estilo pragmático freudiano?  Um pesquisador instruído pelo contexto sócio-cultural e científico vigente, diferente portanto, do tempo de início da Psicanálise, isto é, 1900? Um pensador original assim como Sigmund Freud? Um mestre das palavras e das idéias, capaz de impressionar auditórios diversificados, capturando com seu talento a atenção para si, mesmo movimentando palavras e idéias incompreensíveis?  Um clínico ousado que desafiou os protocolos da Associação Internacional de Psicanálise – IPA, inclusive através das famosas sessões de 5 minutos?

        Penso que JACQUES MARIE ÉMILE LACAN, nascido em 13 de abril de 1901, de uma família católica de negociantes de vinagre, foi todas estas possibilidades.  Mas sendo principalmente, um freudiano rigoroso. Um pensador arrojado que se disponibilizou ao diálogo com disciplinas diversas como a linguística, a antropologia, a filosofia, a literatura, a matemática, entre outras.

        O retorno a Freud é a marca do começo de seu ensino, sendo ao mesmo tempo a sua Crítica frente às práticas psicanalíticas vigentes, dispersadas entre as regras da IPA em detrimento de sua causa fundamental, do sentido e direção indicados por Freud, a saber, tomar a linguagem e o inconsciente como fundamentos da prática analítica.  Esta crítica se inscreveu em sua Obra, através do seu dito: O INCONSCIENTE SE ESTRUTURA COMO LINGUAGEM.

        O meu projeto de trabalho de conduzir uma Introdução a esta obra que no pensamento contemporâneo faz exceção, pretende partir da desmontagem deste aforismo: o inconsciente se estrutura como linguagem.

        Começaremos pela Linguística de Ferdinand de Saussure, para trabalhar os conceitos de significante e significado; Roman Jakobson para os conceitos de metáfora e metonímia, articulados ao trabalho psíquico de condensação e deslocamento. Com Hegel compreenderemos o conceito de reconhecimento do outro, a dialética do senhor e do escravo; a constituição da subjetividade à luz do significante. Por fim, a articulação entre realização de desejo – inconsciente e linguagem.

Investimento: R$ 80,00 
Forma de Trabalho: encontros quinzenais, dia e hora a combinar.
tel.: (024) 2280-1915 – (021) 9305-5234
Local: Rua Marechal Deodoro, 195 – S/110, Centro – Petrópolis.
       
MÁRCIA BOTELHO DE SOUZA
MESTRE EM PSICOLOGIA CLÍNICA – PUC-RJ
FORMAÇÃO PSICANALÍTICA - ESCOLA LETRA FREUDIANA DE PSICANÁLISE
ESCOLA BRASILEIRA DE PSICANÁLISE - RIO

Mais Informações clique no botão abaixo e envie um email.....