Esporte - Mergulho
Mergulho – Lazer e Profissionalismo O processo de globalização e automação que vive a sociedade tende a viabilizar e facilitar o acesso ilimitado de informações à grande maioria da população, contribuindo para possibilitar acessos antes exclusivos a uma fatia abastada da população. O turismo passa a ser mais facilitado, criando um novo tipo de cliente, sedento por informações e por experimentar oportunidades antes inacessíveis. O contato com a natureza nunca foi tão requisitado, a “nova moda” é preservação ambiental, ecoturismo, turismo de aventura. Muitas empresas desse ramo têm se firmado no mercado, realizando um verdadeiro boom em opções de turismo e lazer.Uma dessas atividades pouco acessíveis é a prática do mergulho recreacional. Atividade antiga que vêm ganhando em avanços tecnológicos e científicos, com pesquisas sobre o efeito da pressão sob o corpo humano, misturas gasosas que proporcionam maior conforto e diminuem os riscos narcóticos (intoxicação por gases inertes). Mergulhar ganha uma nova conotação, a profissionalização, seja na formação de instrutores de mergulho para o turismo, ou a comercialização com cursos específicos de mergulho dependente (com auxílio de compressor). Com o mercado de trabalho cada vez mais concorrido, essa “nova profissão” vêm ganhando força, atraindo novos adeptos e proporcionando fonte de renda aos mais aventureiros. Em um país onde cursar uma universidade não é garantia de um bom emprego, cada vez mais cursos profissionalizantes ganham força, capacitando e garantindo sustento a milhões de brasileiros. O investimento feito em um curso de terceiro grau dificilmente é reposto, cursos profissionalizantes, os chamados cursos técnicos, ganham cada vez mais crédito. Cursos que demandam pouco ou nenhum investimento, e que possibilitam reembolso rápido de capital estão ganhando cada dia mais importância. O mergulho profissional ou comercial, como também é classificado, é uma profissão emergente.Requer um treinamento diferenciado do mergulho recreacional (como nomenclatura já mostra), e de uma condição física que predispõe à sua prática.Torna-se uma opção viável para quem tem o espírito de aventura e aptidão para se capacitar. A tecnologia auxilia na otimização de serviços de precisão, mas não substituem o homem em raciocínio e improvisação, qualidades que são muito exigidas em situações que extrapolam o planejamento e o maquinário. Mergulhar toma um sentido amplo, extrapolando e conquistando uma conotação positiva no sentido de uma real opção profissional em um mercado saturado de graduados desempregados. Existem três tipos de Mergulho: livre, autônomo e o dependente. A diferença entre o mergulho livre e o autônomo é que no primeiro não é usado o cilindro com ar comprimido ou outra mistura gasosa; no segundo o regulador de ar e o colete equilibrador servem para controlar a flutuabilidade. Já no dependente, o suprimento de ar não é levado pelo próprio mergulhador, mantendo-se a alimentação da superfície. O mergulho dependente não é praticado por mergulhadores amadores ou esportistas, uma vez que como não há limitação de ar para a permanência do homem sob a água, facilmente os limites não descompressivos do mergulho acabam sendo ultrapassados, exigindo assim diversas paradas programadas para descompressão. Ademais, uma interrupção no fornecimento de ar para o mergulhador pode ser fatal, dependendo da profundidade e do tempo que se encontra mergulhando. Para os iniciantes é recomendado o mergulho livre. Só com doze anos de idade é que se pode começar com o autônomo. O mergulho dependente é largamente utilizado por profissionais, especialmente os que trabalham em plataformas de petróleo e na construção civil. O padre italiano Giovanni Alfonso Borelli foi o primeiro homem a mergulhar com segurança e conforto. Seu bem-sucedido passeio subaquático, em 1679, contou com um traje impermeável feito de couro e untado de sebo. Ele tentava, rusticamente, reduzir as agruras causadas pelo frio, uma das grandes dores de cabeça dos mergulhadores. Antes dele, porém, o historiador grego Heródoto relatava que o imperador Xerxes tinha organizado expedições para buscar, nas profundezas do oceano, os tesouros submersos dos persas. Aristóteles, o notável filosofo da Grécia antiga, narrou a descida de Alexandre, o Grande, num sino de mergulho primitivo para observar a vida marinha. No ano de 1899, o francês Besnoit Rouquayrol patenteou o primeiro aparelho de respiração autônoma. Mas faltava uma válvula de alta pressão. Sem ela, não havia como equilibrar as altas pressões existentes no fundo do mar. A solução foi encontrada pelo francês Jacques-Yves Cousteau, em 1943. Na época, ele vivia no sul da França, praticando caça submarina para se manter. Junto com o engenheiro Emile Gagnham, que projetou uma válvula de alta pressão, Cousteau aperfeiçoou o aparelho de Rouquayrol, batizado de aqualung. Mergulho livre é o nome que se dá quando o esportista conta apenas com uma máscara, um respirador (snorkel) e um par de nadadeiras. Quando está no fundo, ele depende exclusivamente de sua força física, fôlego e controle emocional. Os mais experientes no mergulho livre ficam em média, um minuto e meio no fundo do mar. Chegam a atingir profundidades de vinte a trinta metros e geralmente praticam caça submarina. Os recordes mundiais, hoje ultrapassam a casa dos cem metros de profundidade. Os mais ousados, entretanto, acabam se especializando no mergulho autônomo, modalidade que permite atingir profundidades de até trinta metros, com auxílio do equipamento de respiração. Os manuais das várias certificadoras de mergulho recreacional, apontam para a profundidade limite para este tipo de mergulho, na casa dos quarenta metros de profundidade. A partir daí, os efeitos da narcose pelo nitrogênio se acentuam, tornando arriscado o mergulho realizado simplesmente com ar comprimido (composto por aproximadamente 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio). Para outros tipos de mergulho que fogem do recreacional ou esportivo, são usadas misturas de gases, como por exemplo, o "trimix", onde se aumentam as porcentagens do gás hélio. Mergulhos considerados "profundos" são extremamente arriscados e não são autorizados para mergulhadores recreacionais. Para tanto, o mergulhador deve se submeter a cursos especiais, onde tabelas de mergulho são estudadas em detalhes, procedimentos de emergência são apresentados e os equipamentos igualmente são especiais. Diversos outros tipos de mergulho têm surgido nos últimos anos. Mergulhos recreacionais onde se utilizam o "Nitrox", uma mistura enriquecida de oxigênio, igualmente exigem do mergulhador um conhecimento específico, devendo o mesmo se submeter a cursos oferecidos pelas diversas certificadoras mundiais. As misturas Nitrox (também conhecidas como EAN - Enriched Air Nitrox) mais comuns são as EAN32 - 32% de oxigênio e 68% de nitrogênio - e EAN36 - 36% de oxigênio e 64% de nitrogênio. O mergulho em caverna, que mistura técnicas de Espeleologia e mergulho, é um dos tipos mais emocionantes e fascinantes desta prática, mas igualmente e na mesma proporção, um dos mais perigosos, exigindo dos seus praticantes conhecimentos específicos para a prática (desde a maneira correta de bater as pernas na natação, até o conhecimento de cabos e carretilhas, além da utilização de equipamentos em redundância - em duplicidade). Equipamento de mergulho
Seu uso no mergulho, principalmente autônomo, não deve ser para afetar seres marinhos. Entretanto, na prática de caça-submarina através de mergulho livre, a faca é útil para cortar e retirar peixes capturados. Cinto de Lastro... De tamanhos variáveis, conforme a utilização, como regra temos as de tamanho grande (jumbo), para o mergulho livre, uma vez que se exige maior velocidade do mergulhador para atingir a profundidade desejada, já que não há suprimento de ar além dos limites dos pulmões; e as menores e mais largas, que proporcionam maior força, o que é necessário quando se nada com equipamento completo (roupa, cilindro, colete, cinto de lastro). Inflando o colete, naturalmente em razão do ar nas bolsas, tenderá a flutuar, e torna-se equipamento de segurança para a flutuação do mergulhador na superfície. Da mesma maneira, o próprio mergulhador pode desinflar o colete, apertando outro botão de comando. Com tal manobra, deixa-se o ar escapar, diminuindo-se a capacidade de flutuação, afundando por conseqüência. O exemplo ilustrativo clássico da doença descompressiva, conhecida popularmente por "bends", do inglês: dobrar, é da abertura abrupta de uma garrafa de refrigerante ou de uma garrafa de champagne. O gás sob pressão no interior da garrafa fica misturado ao líquido sem apresentar qualquer indicador visual da sua existência. Com a abertura da tampa, de forma rápida, o gás carbônico que estava diluído no líquido se transforma rapidamente em bolhas, formando-se assim a espuma característica. Ao contrário, caso se faça um pequeníssimo furo ou uma abertura de igual tamanho na rolha ou na tampa da garrafa, permitindo a saída do gás de forma lenta, não há a formação de bolhas. Da mesma forma, quando respirado sob pressão, o nitrogênio se dissolve no sangue de forma imperceptível (lembremos que a cada dez metros de profundidade há um aumento de uma atmosfera de pressão). Quanto mais tempo e mais profundo se mergulha, maior a concentração de nitrogênio no sangue e nos tecidos. Mantida a mesma profundidade, ou subindo-se de forma lenta e com a observância das tabelas de descompressão, o nitrogênio não se transforma em bolhas e é eliminado naturalmente pelo corpo. Ao contrário, caso haja uma subida rápida e/ou sem observar os limites impostos nas tabelas de mergulho, o nitrogênio diluído no sangue acaba por se transformar rapidamente em bolhas, que por sua vez, se expandem procurando sair também rapidamente do sangue e dos tecidos. A rapidez como as bolhas buscam sair do sangue e eventual formação e parada destas bolhas na corrente sanguínea podem causar diversas lesões no corpo humano, desde gravíssimas hemorragias até paradas cardio-respiratórias, podendo levar o mergulhador ao óbito. Como regra simples e de fácil entendimento, poderíamos traçar uma linha entre o tempo de mergulho e a profundidade, sendo que conforme mais se avança no tempo de duração do mergulho e na profundidade atingida, maior o tempo para que o corpo consiga eliminar as bolhas de nitrogênio que se formam no sangue quando o ar é respirado sob pressão. As primeiras tabelas de mergulho foram feitas com base em militares da marinha americana, sendo que naturalmente os mesmos apresentavam condições físicas superiores a uma pessoa normal (sem o treinamento físico a que eram submetidos). Com o passar do tempo, novas tabelas foram sendo elaboradas, levando em consideração um mergulhador sem a condição física privilegiada dos militares da marinha. Com isso, as tabelas apresentaram tempos superiores para a descompressão (eliminação das bolhas de nitrogênio no sangue e nos tecidos). Com o acesso facilitado às câmaras hiperbáricas (câmaras onde a pressão é superior a da atmosfera, reguladas artificial e controladamente por técnicos), possibilitou aos mergulhadores, não só os profissionais e militares, como aos amadores, um socorro mais eficaz para as doenças descompressivas.
Euforia, desorientação e atitudes inconseqüentes são sinais bastante comuns da narcose. Tão logo o mergulhador perceba tais sintomas deve imediatamente subir para uma profundidade onde os mesmos não mais se pronunciem. Da mesma forma que conforme se aumenta a profundidade, os sintomas se tornam mais fortes, diminuindo-se a profundidade os sintomas tendem a desaparacer por completo. Embora a narcose por nitrogênio seja a mais amplamente divulgada, alguns estudos apontam para a existência da narcose por oxigênio. Apesar do oxigênio apresentar capacidade de narcose maior que o nitrogênio, seu rápido metabolismo pelo corpo humano diminui seu impacto. Ataques de animais... Na verdade o imaginário popular, aumentado pela imagem distorcida dos filmes cinematográficos, aponta o tubarão como o mais sério dos ataques dos animais marinhos. Entretanto, estatisticamente, morrem mais pessoas picadas por abelhas e atacadas por hipopótamos, que mergulhadores mordidos por tubarões. Mesmo numa escala bastante reduzida, comparado a outros tipos de ataques de animais sob a face da terra, o ataque de tubarões é mais comum contra banhistas e surfistas do que contra mergulhadores. Tal fato se explica principalmente porquanto ataques de tubarões ocorrem na esmagadora maioria como uma forma equivocada de alimentação, uma vez que o ser humano, efetivamente, não faz parte da sua cadeia alimentar. Os mergulhadores estão mais sujeitos a lesões causadas por animais que possuem espinhos, como raias ou ouriços do mar, ou que produzem substâncias urticantes, como por exemplo, as águas vivas. Também na grande maioria, tais ferimentos ocorrem de forma acidental, quando o mergulhador entra em contato com estes tipos de animais. Um conhecimento um pouco mais apurado e uma cautela maior quando na presença destes animais, evita na quase totalidade dos casos, acidentes e ferimentos. Água...
Depois desta pequena aula você já esta prepado para prucurar um estrutor e começar a mergulhar e se quizer se tornar um profissional faça um curso com pessoas e cursos autorizadas e ai e só curtir. Luciano Terra Feliciano lucianofeliciano@hotmai.com |
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