Exoterismo Astrologia (1°parte)
A astrologia (grego αστρολογία = άστρον, astron, "estrela" + λόγος, logos, "palavra, discurso") é uma pseudociência que se baseia em uma série de crenças dos povos da antigüidade, que afirmavam que os astros influenciavam o destino das passoas e da natureza. Esta prática era utilizada pelas elites sacerdotais(como os magos da pérsia, difusores da crença) para diversos tipos de previsões, tais como épocas certas para colheitas, e, com o tempo, previsões de fatos relativos aos reis e à nação, como previsões de guerras, catástrofes e sucessão de governantes. O conhecimento astrológico largamente difundido hoje no ocidente (como o conhecimento dos signos do zodíaco) vem da astrologia dos povos do fértil crescente e, por conseguinte, do oriente médio. Há, portanto, não uma, mas várias astrologias. Todas se baseiam, em alguma medida, nas posições relativas à Terra, e nas relações trigonométricas entre si, dos corpos celestes (principalmente Sol, Lua e planetas), e no movimento relativo de dois eixos terrestres, o Ascendente e o Meio do Céu. Estas posições no momento do nascimento, seja de uma pessoa, um objeto, um país ou um evento qualquer, compartilham de uma mesma configuração com este objeto, pretendendo-se portanto que sejam expressão deste. Descrição... A base da astrologia é o mapa natal (também chamado carta natal, carta astrológica, mapa de nascimento, horóscopo ou apenas carta). Este mapa é um digrama bidimensional que representa a posição aparente dos corpos celestes vistos de certo local da Terra em um dado momento. A interpretação do mapa leva em consideração: os aspectos astrológicos: relação trigonométrica dos corpos celestes entre si,
* astrologia natal: estudo do mapa natal e seus desdobramentos. Embora a astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco tropical, a astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que indica a posição astronômica real dos astros no céu. O zodíaco tropical representa o zodíaco sideral da época de Ptolomeu. Técnicas Astrológicas... A elaboração do "mapa astrológico anual" consiste no cálculo de um novo mapa astrológico com a posição dos planetas no momento exato (do ano atual) em que o Sol passa novamente no mesmo lugar em que passou no dia do nascimento, o que acontece na data (ou próximo) do aniversário. Este novo mapa chama-se retorno solar ou revolução solar. A análise anual do panorama individual baseia-se em um conjunto de técnicas sendo as mais usadas a progressão do mapa natal, que viso substituir as direções, ainda em uso; os trânsitos dos planetas sobre o mapa natal, e o retorno solar. Muito usadas, ainda, são as técnicas tradicionais como a astrologia horária e a astrologia eletiva. Estas independem da astrologia natal, e são mais propriamente técnicas previsivas. Conceitos Cássicos... Os signos e as partes do corpo: Segundo Marco Manilius (século I) em seu poema Astronomica, os signos do zodíaco regem as partes do corpo na forma que segue:L Áries -- cabeça As Várias Astrologias... Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa. A Índia conheceu a astrologia da Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C. Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas. Há várias correntes recentes - dos séculos XIX e XX - na astrologia. A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres. Depois dos estudos de astrologia e alquimia por Carl Gustav Jung, a astrologia psicológica tomou corpo em bases principalmente junguianas, embora exista uma astrologia transpessoal baseada no trabalho de Roberto Assagioli. Mais recentemente há um renascimento da astrologia clássica, com grande número de obras da antigüidade e renascença sendo retraduzidas para o inglês, a partir de originais em árabe, grego e latim. Esse esforço visa retomar o conhecimento antigo, limpando-o de adendos exóticos que redundaram em concepções simplistas sobre, por exemplo, os quatro elementos. Astrologia e Ciência... Uma das idéias que são base da astrologia é que o posicionamento dos astros no momento do nascimento tem relação com seu caráter e portanto seu destino, mas não há consenso entre os astrólogos sobre como se processa esta relação: as várias correntes a atribuem a influência, campos eletromagnéticos ou semelhantes, ciclos, analogia ou sincronicidade. Na busca do reconhecimento pela ciência oficial, o trabalho estatístico de Michel Gauquelin analisando exaustivamente a incidência de determinados planetas na área da carreira do mapa natal de personalidades de várias áreas de atuação é amplamente conhecido nos meios acadêmicos. No entanto, a validade científica do método estatístico tem sido questionada nas últimas décadas, o que nos leva à relação entre a astrologia e a nova física, o pensamento sistêmico e a complexidade Muitos astrólogos atuais pensam que os astros influenciam a personalidade ou caracterísiticas de pessoas ou eventos que ocorrem na Terra, mas muitos outros pensam que há outra relação, que não a de influência, como a sincronicidade da astrologia psicológica de base junguiana. Buscando ser aceita como ciência, a astrologia procurou preencher os dois critérios que a enquadrariam como tal: 1° Previsibilidade: passível de ser comprovada por observadores de outras disciplinas científicas. Não há consenso sobre a forma como a astrologia funciona. No curso da história, vemos o surgimento de explicações diferentes. Santo Alberto Magno pensava que, embora as estrelas não possam influenciar a alma humana, influenciam o corpo e a vontade humanos. Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (1486-1535) via o universo como o Unus Mundus, onde o que ocorre no mundo celestial chega até o mundo dos fenômenos, intermediado pela esfera dos corpos celestes. Nesta concepção, a relação entre a esfera dos corpos celestes e a esfera humana não é de causalidade, mas de analogia ou sincronicidade. Cientistas de orientação biológica procuram a explicação nos ritmos e ciclos biológicos, como os circadianos e lunares. John Addey, astrólogo inglês, realizou vários levantamentos estatísticos em busca da comprovação de conceitos astrológicos, como o de quase mil nonagenários e a relação Sol-Saturno. Descobriu, assim, o significado das relações harmônicas entre períodos cósmicos. Outra concepção é que a influência se dá através da variedade de raios cósmicos que chegam ao nosso planeta. Ebertin é um dos defensores desta hipótese. Uma forma diferente de abordagem é a da sincronicidade, conceito expresso por C.G.Jung. Jung estudou grande número de mapas de nascimento de casais, e descobriu relações interessantes entre os sóis e as luas dos cônjuges. Argumentos a Favor e Contra a Astrologia... |
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