Veterinária
Quando se pensa em alimentar um filhote de cão ou gato ou um animal em período reprodutivo, a primeira preocupação quase sempre é com o cálcio (Ca) e a vitamina D. A suplementação destes nutrientes talvez seja uma das práticas terapêuticas mais utilizadas por médicos veterinários para animais que estejam nestas fases. Primeiro, o Cálcio - Aulus Cavalieri Carciofi, professor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal - UNESP (SP) ensina que o cálcio apresenta duas funções importantes no organismo: estrutura óssea e como íon mensageiro ou de regulação. "Assim, além de conferir rigidez aos ossos ele é necessário para a contração dos músculos, coagulação do sangue, excitação nervosa, e outros. O organismo controla rigidamente sua concentração do sangue, por meio de dois hormônios", orienta. A vez da vitamina D - No caso da vitamina D, suas funções são aumentar os níveis de cálcio e fósforo no sangue e permitir a mineralização adequada dos ossos. No organismo ela aumenta a eficiência de absorção de cálcio pelo intestino e participa da formação do tecido ósseo. "A necessidade nutricional de vitamina D para gatos é de 750 U.I. por kg de ração para crescimento e reprodução e 500 U.I. por kg de ração para a manutenção de adultos. Para cães, a necessidade, tanto para crescimento como reprodução, é de 500 U.I. por kg de ração". Segundo Aulus, considerando as necessidades em relação ao peso vivo do animal, cães necessitam de 22 U.I. de vitamina D por kg de peso por dia para crescer e 8 U.I. por kg de peso por dia quando adultos. Desta forma, a absorção de cálcio pelo intestino depende da quantidade de cálcio ingerido e da presença de vitamina D. Já a entrada de cálcio nos ossos depende da presença de vitamina D e do sangue possuir uma concentração adequada tanto de cálcio como fósforo. E, por fim, a saída de cálcio dos ossos para o sangue depende da presença de vitamina D, sendo controlada pelo paratormônio e pela calcitonina. "Note que não existe nenhum hormônio, ou nutriente, que promova o depósito de cálcio nos ossos, tornando o esqueleto maior ou mais forte. Este é um mecanismo controlado pelo próprio osso e determinado geneticamente", completa Aulus. Algumas situações dietéticas práticas: 2- Cálcio elevado - ocorre uma grande absorção passiva de cálcio, de modo que o controle sobre a entrada via intestinal ser· quebrado. Com isto existir uma tendência a elevação do cálcio sangüíneo. O organismo tenta contornar a situação liberando calcitonina, diminuindo a saída de cálcio dos ossos. Com o tempo isto causa aumento da densidade óssea, interferindo nos processos de crescimento e modelamento normal da forma dos ossos, em um quadro que se chama osteopetrose. Nesta situação estão sob risco grave as raças grandes e gigantes, que apresentam predisposição genética à problemas ósseos, como labrador, rotweiller, pastor-alemão, weimaraner, dog-alemão, e outros. O excesso de Ca, principalmente quando aliado a obesidade, pode provocar grande variedade de patologias. As mais conhecidas são o retardo no crescimento e alterações do desenvolvimento esquelético, alterações articulares como a osteocondrose, além da osteodistrofia hipertrófica, Síndrome de Wobbler, Síndrome do Rádio Curvo, etc. 3. Vitamina D baixa - a deficiência de vitamina D interfere com a absorção de cálcio pelo intestino, levando a uma absorção insuficiente, e com a deposição de cálcio nos ossos, diminuindo a mineralização óssea. Isto irá provocar um aumento de volume das articulações, dor e enfraquecimento com entortamento dos ossos, em uma doença denominada raquitismo. 4. Vitamina D elevada - o organismo perde o controle sobre a absorção de cálcio no intestino, ocorrendo uma absorção excessiva. Para evitar que o cálcio sangüíneo se eleve o organismo libera a calcitonina, que diminui a retirada de cálcio dos ossos. Isto acarreta aos animais os mesmos problemas encontrados em dietas com cálcio elevado, predispondo-os a vários problemas ósseos. A associação de excesso de cálcio e vitamina D sangüíneos faz com que o cálcio se deposite em locais inadequados, como rins, coração, artérias, músculos e nas articulações, em um processo doloroso, irreversível e que pode levar a sérias complicações à saúde do animal, como insuficiência renal e morte. 5. Hipervitaminose D - È de ocorrência freqüente em nosso meio, principalmente em raças grandes e gigantes. Ocorre em geral induzida por desconhecimento do assunto por parte de criadores, que no afã de produzir filhotes fortes, vigorosos e campeões, indicam aos proprietários, notadamente àqueles que adquirem um filhote pela primeira vez, variados suplementos, muitos deles altamente concentrados em vitamina D. Essa vitamina, por ser lipossolúvel, é armazenada no organismo animal, ao contrário das hidrossolúveis (como as vitaminas B e C) que são eliminadas pela urina quando em excesso. 2- Cálcio elevado - ocorre uma grande absorção passiva de cálcio, de modo que o controle sobre a entrada via intestinal ser· quebrado. Com isto existir uma tendência a elevação do cálcio sangüíneo. O organismo tenta contornar a situação liberando calcitonina, diminuindo a saída de cálcio dos ossos. Com o tempo isto causa aumento da densidade óssea, interferindo nos processos de crescimento e modelamento normal da forma dos ossos, em um quadro que se chama osteopetrose. Nesta situação estão sob risco grave as raças grandes e gigantes, que apresentam predisposição genética à problemas ósseos, como labrador, rotweiller, pastor-alemão, weimaraner, dog-alemão, e outros. O excesso de Ca, principalmente quando aliado a obesidade, pode provocar grande variedade de patologias. As mais conhecidas são o retardo no crescimento e alterações do desenvolvimento esquelético, alterações articulares como a osteocondrose, além da osteodistrofia hipertrófica, Síndrome de Wobbler, Síndrome do Rádio Curvo, etc. 3. Vitamina D baixa - a deficiência de vitamina D interfere com a absorção de cálcio pelo intestino, levando a uma absorção insuficiente, e com a deposição de cálcio nos ossos, diminuindo a mineralização óssea. Isto irá provocar um aumento de volume das articulações, dor e enfraquecimento com entortamento dos ossos, em uma doença denominada raquitismo. 4. Vitamina D elevada - o organismo perde o controle sobre a absorção de cálcio no intestino, ocorrendo uma absorção excessiva. Para evitar que o cálcio sangüíneo se eleve o organismo libera a calcitonina, que diminui a retirada de cálcio dos ossos. Isto acarreta aos animais os mesmos problemas encontrados em dietas com cálcio elevado, predispondo-os a vários problemas ósseos. A associação de excesso de cálcio e vitamina D sangüíneos faz com que o cálcio se deposite em locais inadequados, como rins, coração, artérias, músculos e nas articulações, em um processo doloroso, irreversível e que pode levar a sérias complicações à saúde do animal, como insuficiência renal e morte. 5. Hipervitaminose D - È de ocorrência freqüente em nosso meio, principalmente em raças grandes e gigantes. Ocorre em geral induzida por desconhecimento do assunto por parte de criadores, que no afã de produzir filhotes fortes, vigorosos e campeões, indicam aos proprietários, notadamente àqueles que adquirem um filhote pela primeira vez, variados suplementos, muitos deles altamente concentrados em vitamina D. Essa vitamina, por ser lipossolúvel, é armazenada no organismo animal, ao contrário das hidrossolúveis (como as vitaminas B e C) que são eliminadas pela urina quando em excesso. Mentira Cães de raças grandes toleram menos o excesso de cálcio que cães de raças pequenas. O cálcio de suas dietas deve estar entre 1 e 1,4% da ração. Verdade Uma taxa muito acelerada de crescimento e o excesso de gordura e peso corporal predispõe estes animais a problemas de desenvolvimento ósseo Mentira Cães sintetizamtoda a vitamina D que necessitam se tomarem sol Boas rações apresentam estes nutrientes já com ampla margem de segurança para o animal. Além disso, eles são baratos, não pesando no custo final do produto. Os desafios da qualidade das rações estão nos ingredientes, nível energético e protéico e em sua digestibilidade. Se desconfia do produto, ao invés de suplementá-lo com isto ou aquilo, é melhor mudar para uma marca de confiança |
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