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Secretaria de Saúde irá atualizar o Plano de Ações de Vigilância da Saúde de População Exposta a Agrotóxicos
Município recebeu R$ 21 mil em recursos para implantação do projeto em 2014, mas plano não avançou Seminário em agosto marcará a retomada de ações de prevenção e uso consciente de agrotóxicos 18/07/2017 - 16:56 - A Secretaria de Saúde irá revisar e implantar o Plano de Ações de Vigilância da Saúde de População Exposta a Agrotóxicos. O objetivo é conhecer a realidade na linha de utilização do produto químico ou biológico – comercialização, utilização pelo produtor rural e o descarte de embalagens – para definir ações de promoção, prevenção e vigilância em saúde à população exposta. Em agosto, a Saúde promoverá um seminário que marcará também a criaçãodo Conselho Municipal de Controle de Agrotóxicos. O anúncio foi feito pelo Secretário de Saúde, em reunião nesta terça-feira, (18.07), junto a representantes de produtores rurais, Secretaria de Meio Ambiente, Águas do Imperador, Fiocruz e Emater/RJ – Empresa de Assistência Técnica de extensão rural. Em 2014, a antiga gestão criou o Plano de ação para atender a portaria do Ministério da Saúde nº 2938, de 20/12/2012 que concedia incentivo financeiro para implementação do modelo de Vigilância em Saúde da população exposta a agrotóxicos. O município recebeu a verba, mas o valor de R$ 21 mil ficou retido na conta porque a gestão anterior não executou o projeto. Atualmente 800 famílias, cerca 5 mil pessoas sobrevivem da produção rural em áreas no distrito da Posse, Jacó, Caititu, Vale das Videiras, no Brejal, Taquaril, Secretário, Bonfim e Caxambu, movimentando R$ 16 milhões por ano na cidade. O secretário de Saúde, Silmar Fortes, destaca que uma das metas do prefeito Bernardo Rossi é a de incentivar a produção agrícola em Petrópolis melhorando a estrutura de apoio aos produtores. “O seminário é uma iniciativa em conjunto do Ministério Público, governo e associações de produtores rurais. O nosso prefeito irá sancionar a lei de criação do Conselho Municipal de Controle de Agrotóxicos que vai nos auxiliar nesse processo de revisão do Plano de Ação e nas criações efetivas de educação continuada, fiscalização do uso e descarte das embalagens, além das ações de prevenção e promoção a saúde”, afirma Silmar Fortes. Petrópolis é considerado nível médio em risco pelo uso de agrotóxicos, mas o técnico da Emater/RJ – Empresa de Assistência Técnica de extensão rural, Leonardo Faver explica que todas as amostras de água enviadas para análise em laboratórios do Rio de Janeiro, não registraram contaminação. “O município vem mantendo os índices de qualidade, isso nos tranquiliza, mas temos que ter uma estratégia melhor quanto ao descarte das embalagens dos agrotóxicos. A Emater recolhe esse material em vistoriais, mas muitos produtores acabam dando o descarte incorreto”, avalia Leonardo Faver. Município irá capacitar agricultores e profissionais da Saúde Uma das diretrizes do Plano de Ações de Vigilância da Saúde de População Exposta a Agrotóxicos é fornecer a capacitação para profissionais da assistência para realizar o diagnóstico de intoxicação, além da notificação dos casos junto à Epidemiologia, elaboração de material educativo sobre agrotóxicos para produtores rurais, além de cadastrar e fiscalizar a comercialização, utilização pelo produtor rural e o descarte de embalagens. O vice-presidente da Associação de Produtores Rurais do Bonfim, Marco Antônio Coelho, avalia que o município está dando um grande passo no processo de educação e na qualidade dos produtos produzidos na área rural/agrícola. “Nós já buscamos orientar os produtores principalmente quanto ao uso dos agrotóxicos. Se a prefeitura nos auxiliar nesse processo de educação vai melhorar muito as nossas condições de trabalho”, disse Marco Antônio Coelho. O presidente da Associação dos Produtores Rurais do Caxambu, Joaquim Sergio Lage destacou que a prefeitura precisa criar meios que auxiliem o descarte das embalagens vazias para não haver a contaminação do meio ambiente. “Muitos produtores acabam queimando as embalagens o que gera uma poluição muito grande, é importante que a Secretaria viabilize um sistema de coleta e fiscalize o descarte incorreto”, avalia Joaquim Sergio Lage. Participaram da reunião o secretário de Meio Ambiente, Fred Procópio; a superintendente de Atenção em Saúde, Fabíola Heck e a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Elisabeth Wildberger, além de representantes da Águas do Imperador, Fiocruz e da Coordenação de Vigilância Ambiental. |
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