Agnaldo Goivinho
25/02/2015 AGNALDO GOIVINHO por Philippe GuédonA “gestão participativa” ficou mais pobre, na terça feira, dia 24/02/2015, quando correu a notícia do prematuro falecimento de “Goivinho”, como chamávamos nosso Companheiro do Instituto Cívis, Fórum Popular, Partido Humanista da Solidariedade, vida comunitária e atuações no Governo Municipal. Goivinho era jovem, muito jovem, embora seu currículo desse a pensar que fosse bem mais experiente; colega de Rogério, meu sétimo filho, no São Vicente e nas idas ao Maracanã, estava construindo uma sólida carreira de arquiteto-urbanista, já tendo sido Secretário de Planejamento na Administração Paulo Mustrangi e ocupado outros cargos. Eu queria prestar uma homenagem a Goivinho, em nome desta caminhada participativa, exército de Brancaleone de tropas poucas em que ambos militamos com José Luiz Lima, Augusto Ângelo Zanatta, Bruno do Nascimento, Gabriela Falconi, Badia, Mauro Correa, Cida, Rosângela, Maria Helena, Rogério Tosta, Rolf Dieringer, Miriam Born, outros mais e hoje os companheiros e companheiras da Frente Pró-Petrópolis e do Dadosmunicipais. Penso que uma maneira adequada de prestar esta homenagem de poucas linhas, seja lembrar a elaboração do projeto de Lei de Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo, a LUPOS, redigida por proposta do Fórum Popular ao Prefeito Leandro Sampaio. Durante um semestre, junto com os Técnicos da Prefeitura (Joceli, Margareth) coordenados por Marcos Nóbrega e Ricardo Francisco, trabalhamos ombro a ombro de modo intenso e apaixonado. Como de hábito, dispúnhamos de dados, nem tantos nem tais que gostaríamos, mas a boa vontade a todos os obstáculos superava. Convidamos todos os órgãos de preservação a virem trabalhar conosco, e tivemos a alegria de ver o nosso chamado atendido de modo fraterno, sem qualquer exceção. A LUPOS foi elaborada, em termos de projeto de lei, em seis meses, e o Prefeito, ao receber o projeto, assegurou que seria objeto de uma festa. Infelizmente, a passagem pela Câmara Municipal foi sofrida e o Projeto sofreu alterações importantes. Porém, com todas as suas limitações, é esta mesma LUPOS que prevalece até hoje e terá prestado grandes serviços ao Município, por mais que fosse objeto de ações para que satisfizesse conveniências pontuais. Goivinho foi, na época, o grande mentor em urbanismo da Comunidade. A LUPOS, afundada em atoleiro por sete anos, foi elaborada em clima de concórdia, por iniciativa bem acolhida do Fórum Popular. Eu diria que foi uma das raras vezes em que a Sociedade deixou-se arrebatar por uma proposta comunitária. A Goivinho, que tornou o trabalho possível, pela sua capacidade de diálogo com a PMP e todos os órgãos técnicos, o profundo agradecimento de uma Sociedade que não esquece. Sei que muito concordamos e muito discordamos, como costuma acontecer na sociedade que participa. Aceite, hoje, o nosso obrigado e o nosso apreço. Siga com Deus, Goivinho.
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