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Documentário Homenageia Pintora Djanira
Mostra sobre os 100 anos prorrogada

06/01/2015 - 18:39 - O centenário de nascimento de uma das artistas mais festejadas do país, a pintora Djanira, comemorado em 2014 com a montagem da exposição “Djanira - 100 Anos”, tem continuidade esta semana com a exibição de documentário e palestra sobre o tema. Intitulado “Djanira, a Pintora Descalça”, de José Sampaio, o filme será exibido no dia 9 de janeiro, às 17h, no Centro de Cultura Raul de Leoni, com entrada franca, acompanhado de apresentação do biógrafo da pintora, Gesiel Júnior. A exposição, que se encontra em cartaz na Galeria Djanira, promovida pela Prefeitura de Petrópolis por meio da Fundação de Cultura e Turismo, foi prorrogada e ficará aberta ao público até o dia 24 de janeiro.

Autor de vários livros publicados sobre Djanira, Gesiel Júnior reside na terra onde a artista nasceu: Avaré/SP. Ele doou à Fundação de Cultura e Turismo 29 reproduções das obras da artista que compõem a mostra “Djanira – 100 Anos”, juntamente com um banner que contém matérias colhidas em revistas e jornais. Na exposição – que tem curadoria do artista plástico Paulo Campinho, o público irá encontrar ainda um livro sobre a trajetória dela, além de alguns postais com suas obras reproduzidas. A visitação está aberta ao público de terça a sábado, das 13 h às 18 h. O Centro de Cultura fica na Praça Visconde de Mauá, 305, Centro, (24) 2233-1202.

De origem austríaca, a artista foi registrada como Djanira Job Paiva. Eleita entre as três grandes damas da pintura brasileira do séc. XX, sua vida nem sempre foi de artista. Viveu com a avó materna na roça plantando e colhendo café após a separação dos pais, mas mudou-se para São Paulo em busca de seu destino. Como costureira consertava a roupa dos soldados e foi assim que seu primeiro marido foi o marinheiro Bartolomeu Gomes Pinheiro, que a deixou viúva cedo. Ela mudou-se para o Rio de Janeiro e como dona de pensão conheceu artistas e boêmios da época, dentre os quais o romeno Emeric Marcier, com quem aprendeu a temperar tintas. Estava trilhado aí o caminho para a pintura e ela começa a revelar sua arte cabocla para o mundo.

Sua primeira exposição individual aconteceu em 1941. Após algumas viagens ela retorna ao Brasil com reconhecimento na América Latina e já com a admiração de expoentes como Jorge Amado, Dorival Caymmi e Manuel Bandeira. Casada com o baiano José Shaw da Motta e Silva dele recebe incentivo e percorre o país para tecer a sua obra segundo matizes tupiniquins. A arte de Djanira foi considerada do gênero primitivo como uma sábia elaboração de tudo o que ela viveu, presenciou e aprendeu. Posteriormente sua obra foi definida como de plena modernidade.
Programação dos filmes em cartaz